Produção Textual - ENEM

Produção Textual - ENEM

terça-feira, 2 de novembro de 2010

Questões do SPAECE ( Banco de questões do SPAECE)

ATIVIDADE - 01
(Descritor 05) TEXTO:
UM ÍNDIO

“Um índio descerá
De uma estrela colorida brilhante
De uma estrela que virá
Numa velocidade estonteante
E pousará no coração do Hemisfério Sul, na América num claro instante.
(...)”

O trecho retrata o índio de maneira
(A) conceituada.
(B) exaltada.
(C) formalizada.
(D) problematizada.
(E) realista.

(Descritor 16)TEXTO:
Graças aos esforços de Gandhi, a Índia conquistou a independência da dominação inglesa a 15 de agosto de 1947. Por causa dos conflitos religiosos entre hindus e mulçumanos, o país foi dividido em dois, a Índia (de religião hinduísta) e o Paquistão (de religião mulçumana). A divisão persiste até os dias de hoje. Gandhi, o messias da não-violência, foi vítima da violência. A 30 de janeiro de 198 um brâmane fanático o assassinou. Recebeu do povo o título de Mahatma que significa a Grande Alma.
(BOFF, Leonardo. Saber cuidar. Petrópolis: Vozes, 7ª ed., 2001.. p.178)

De acordo com o texto, ocorre uma relação causa x conseqUência em
(A) conflitos religiosos x divisão do país.
(B) Gandhi x violência.
(C) hindus x mulçumanos.
(D) Índia x messias da não-violência.
(E) Mahatma x Grande Alma.

(Descritor 20)TEXTO:
Me alimentaram
Me acariciaram
Me aliciaram
Me acostumaram
O meu mundo era o apartamento
Detefon. Almofada e trato
Todo dia filé mignon.

(HENRIQUEZ, Luiz/ BARDOTTI, Sérgio/ BUARQUE, CHICO. In Chico Buarque de Hollanda. Literatura comentada. São Paulo: Nova Cultural, 1980.)

Os autores, nesta música optaram pelo pronome oblíquo “me” no início de quatro versos para
(A) indicar o desconhecimento do uso da colocação pronominal.
(B) criticar a norma culta da língua.
(C) manifestar elogios a variedade coloquial da língua.
(D) ridicularizar o modo de falar das pessoas.
(E) tornar mais espotânea a linguagem do texto.

(Descritor 02) TEXTO:
O LOBO E O CORDEIRO
Vamos mostrar que a razão do mais forte é sempre a melhor.
Um cordeiro matava a sede numa corrente de água pura, quando chega um lobo cuja fome o levava a buscar caça.
– Que atrevimento é esse de sujar a água que estou bebendo? diz enfurecido o lobo. – Você será castigado por essa temeridade.
– Senhor – respondeu o cordeiro –, que Vossa Majestade não se encolerize e leve em conta que estou bebendo vinte passos mais baixo que o Senhor. Não posso, pois< sujar a água que está bebendo.
– Você a suja – diz o cruel animal. – Sei que você falou mal de mim no ano passado.
– Como eu poderia tê-lo feito, se não havia sequer nascido? – respondeu o cordeiro. – Eu ainda mamo.
– Se não foi você, foi seu irmão.
– Eu não tenho irmãos.
– Então, foi alguém dos seus, porque todos vocês, inclusive pastores e cães, não me poupam. Disseram-me isso e, portanto, preciso vingar-me.
Sem fazer nenhuma outra forma de julgamento, o lobo pegou o cordeiro, estraçalhou-o e devorou-o.
(LA FONTAINE, Jean de. Fables. Tours. Alfred Mame et Fils, 1918. v.1. p.10.)

No trecho “…a razão do mais forte é sempre a melhor”, está expressa a idéia de que
(A) o lobo se sentiu dono da água por ser maior que o cordeiro.
(B) o lobo usou todos os argumentos para humilhar o cordeiro que era sempre manso.
(C) pensando que o cordeiro havia falado mal dele resolveu devorá-lo.
(D) aproveitando-se de sua grandeza física sente-se no direito de devorá-lo, sem justificativa.
(E) a aproximação entre o lobo e o cordeiro, através de conversa irritante, facilitou a captura.

(Descritor 13) TEXTOS:
CANÇÃO DO EXÍLIO

Minha terra tem macieiras da Califórnia
onde cantam gaturamos de Veneza.
Os poetas da minha terra
são pretos que vivem em torres de ametistas,
os sargentos do exército são monistas, cubistas,
os filósofos são polacos vendendo a prestações.
A gente não pode dormir
com os oradores e os pernilongos.
Os sururus em família têm por testemunha a Gioconda.
Eu morro sufocado
em terra estrangeira.
Nossas flores são mais bonitas
nossas frutas mais gostosas
mas custam cem mil réis a dúzia.
Ai quem me dera chupar uma carambola de verdade
e ouvir um sabiá com certidão de idade.
(MENDES, Murilo. Apud. PLATÃO, Francisco & FIORIN, José Luiz. In: PARA ENTENDER O TEXTO – LEITURA E REDAÇÃO. 10ª ED. São Paulo:Ática, 1995, pp.20-21.)

CANÇÃO DE EXÍLIO

Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o sabiá;
As aves que aqui gorjeiam,
Não gorjeiam como lá.

Nosso céu tem mais estrelas,
Nossas várzeas têm mais flores,
Nossos bosques têm mais vida,
Nossa vida mais amores.

Em cismar, sozinho, à noite –
Mais prazer encontro eu lá;
Minha terra tem mais palmeiras,
Onde canta o sabiá.

Minha terra tem primores,
Que tais não encontro eu cá;
Em cismar – sozinho, à noite –
Mais prazer encontro eu lá;
Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o sabiá.

Não permita Deus que eu morra,
Sem que volte para lá;
Sem que desfrute os primores
Que não encontro por cá;
Sem qu’inda aviste as palmeiras,
Onde canta o Sabiá.
(DIAS, Gonçalves. Apud. PLATÃO, Francisco & FIORIN, José Luiz. In: PARA ENTENDER O TEXTO – LEITURA E REDAÇÃO. 10ª ED. São Paulo:Ática, 1995, pp. 24-25.)

O escritor Murilo Mendes participou ativamente da 1ª fase modernista, considerada de ruptura em relação aos moldes literários vigentes. Já Gonçalves Dias, poeta da 1ª geração romântica, é considerado ufânico, idealista e nacionalista como seus companheiros. Essa disparidade entre membros e produções de períodos literários tão diferentes e distantes entre si ocasiona o uso de
(A) temas, formas e estilos diferentes.
(B) ) temas, formas e estilos semelhantes.
(C) temas semelhantes, mas formas e estilos diferentes.
(D) temas e formas semelhantes, mas estilos diferentes.
(E) temas e estilos diferentes, mas forma semelhante.

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